Cólica em Recém-Nascido: Como Identificar, Aliviar e Ter Calma
Publicado por
Equipe Mamãe Informada
Sabemos que os primeiros meses com um recém-nascido são uma mistura de amor infinito e desafios inesperados. E um dos maiores fantasmas dessa fase é a temida cólica. Aquele choro intenso, que parece não ter fim, pode deixar qualquer coração de mãe ou pai apertado e exausto.
Mas respira fundo! Você não está só nessa jornada. A cólica é muito comum e, o mais importante: ela passa. Este artigo foi feito com muito carinho para te ajudar a entender o que é a cólica, como identificar os sinais, encontrar formas de aliviar o desconforto do seu bebê e, claro, cuidar de você nesse processo. Vamos juntas?
Conteúdo
O Que é a Famosa Cólica do Recém-Nascido?
Antes de mais nada, vamos entender o que é a cólica. Ela não é uma doença, mas sim um conjunto de sintomas, caracterizado por crises de choro intenso e inconsolável em bebês saudáveis. Geralmente, começa por volta das 2-3 semanas de vida e pode durar até os 3-4 meses (às vezes um pouquinho mais).
Não há uma causa única definida pela ciência, mas acredita-se que seja uma combinação de fatores: imaturidade do sistema digestivo, gases, talvez até uma sensibilidade do sistema nervoso do bebê ao ambiente. O importante é saber que não é culpa sua e que seu bebê não está chorando por falta de amor ou cuidado.
Como Identificar se é Mesmo Cólica?
Diferenciar a cólica de outros choros pode ser um desafio. Fome, sono, fralda suja, frio ou calor também fazem o bebê chorar. Mas a cólica tem algumas características mais específicas. Fique atenta aos sinais:
Choro Intenso e Agudo: Parece um choro de dor, mais alto e desesperado que o choro “normal”.
Inconsolável: O bebê chora muito e é difícil acalmá-lo, mesmo com as táticas que costumam funcionar.
Padrão de Horário: As crises costumam acontecer no mesmo período, geralmente no fim da tarde ou início da noite.
Linguagem Corporal: O bebê pode encolher as perninhas em direção à barriga, esticar-se, arquear as costas, soltar gases e ficar com a face avermelhada. A barriguinha pode parecer mais dura.
Duração: Existe a “regra dos três” que muitos pediatras usam como referência: choro por mais de 3 horas por dia, mais de 3 dias por semana, por mais de 3 semanas. Mas lembre-se, isso é só uma referência, não um diagnóstico fechado.
Importante: Na dúvida, ou se o choro vier acompanhado de outros sintomas (como febre, vômitos, diarreia), sempre converse com o pediatra para descartar outras condições.
Fique informado sobre as etapas do desenvolvimento do bebê, desde o útero até os primeiros…
Estratégias Acolhedoras para Aliviar a Cólica
Ver seu bebê sofrendo é de cortar o coração, mas existem muitas coisas que você pode tentar para aliviar o desconforto. Cada bebê é único, então pode ser preciso testar algumas opções até encontrar o que funciona melhor para o seu pequeno:
Movimento e Contato:
Colo Aconchegante: Carregue o bebê pertinho de você. O sling ou canguru são ótimos, pois mantêm o bebê aquecido e na vertical, além de liberar suas mãos.
Balanço Suave: Ninar no colo, na cadeira de balanço ou até mesmo dar uma volta de carrinho ou de carro (com segurança!) pode ter um efeito calmante.
Posição de Bruços: Com cuidado e supervisão, coloque o bebê de bruços sobre seu antebraço (a “posição do aviãozinho”) ou barriga com barriga. A leve pressão pode ajudar.
Massagem e Calor:
Massagem na Barriguinha: Faça movimentos circulares suaves, no sentido horário, ao redor do umbigo. Dobrar as perninhas do bebê em direção à barriga também ajuda a eliminar gases.
Bolsa de Água Morna: Use uma bolsa térmica aquecida (sempre verifique a temperatura na sua pele antes, para não queimar!) enrolada em uma fralda de pano e coloque sobre a barriguinha do bebê.
Banho Morno: Um banho relaxante pode acalmar o bebê e aliviar a tensão muscular.
Ambiente Tranquilo:
Menos Estímulos: Durante as crises, reduza luzes fortes e barulhos altos. Um ambiente calmo pode ajudar o bebê a se sentir mais seguro.
Ruído Branco: Sons contínuos, como o de um ventilador, secador de cabelo (a uma distância segura) ou aplicativos de ruído branco, podem simular o ambiente do útero e acalmar.
Atenção à Alimentação:
Amamentação: Verifique se a pega está correta para evitar que o bebê engula muito ar. Faça pausas para ele arrotar. Converse com seu pediatra ou consultora de amamentação.
Fórmula: Se o bebê usa fórmula, converse com o pediatra. Ele pode avaliar se há necessidade de tentar uma fórmula diferente.
Dieta da Mãe (Amamentação): Alguns alimentos podem, em alguns casos, influenciar. Converse com o pediatra ou nutricionista antes de fazer restrições drásticas, mas observe se algum alimento específico parece coincidir com as crises.
Mamãe e Papai, Cuidem-se Também! A Importância de Manter a Calma
Ouvir o choro incessante do seu bebê pode ser extremamente estressante e frustrante. É normal sentir-se cansada, impotente e até irritada. Permita-se sentir, mas lembre-se: você está fazendo o seu melhor.
Respire Fundo: Quando sentir que está chegando ao limite, respire lenta e profundamente algumas vezes.
Peça Ajuda: Não hesite em pedir ajuda ao parceiro(a), familiares ou amigos. Revezar os cuidados faz toda a diferença.
Faça Pausas: Se estiver sozinha e muito estressada, coloque o bebê em segurança no berço e vá para outro cômodo por alguns minutos para se recompor. Isso é melhor do que perder a paciência.
Lembre-se: Vai Passar! Repita como um mantra. A fase da cólica é temporária. Logo vocês terão noites mais tranquilas.
Conecte-se: Converse com outras mães e pais. Compartilhar experiências alivia o fardo e traz novas ideias.
Quando Procurar o Pediatra?
Embora a cólica seja comum e benigna, é fundamental saber quando o choro pode indicar algo mais sério. Procure o pediatra imediatamente se o bebê apresentar:
Febre (temperatura acima de 37.8°C)
Vômitos frequentes, em jato ou de cor esverdeada
Diarreia, sangue ou muco nas fezes
Recusa em mamar ou comer
Perda de peso ou dificuldade em ganhar peso
Letargia (bebê muito “molinho”, sonolento) ou irritabilidade extrema mesmo fora das crises
Choro que muda repentinamente de padrão ou parece muito diferente do habitual
Lidar com a cólica exige paciência, amor e muita calma. Lembre-se de que cada tentativa de acalmar seu bebê é um ato de amor, mesmo que não funcione imediatamente. Confie no seu instinto, busque apoio e celebre cada pequena vitória. Essa fase vai passar, e logo você terá mais momentos de tranquilidade para curtir seu pacotinho de amor.
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